Dr. Antônio Rahal - Médico radiologista especializado em tireoide
É seguro estar perto de outras pessoas após o tratamento de câncer na tireoide?

Após a cirurgia de câncer de tireoide, não há riscos em estar perto de outros. Porém, se tratado com iodo radioativo, pode ser necessário distanciamento temporário.
A segurança de estar próximo a outras pessoas após o tratamento de um nódulo na tireoide depende do tipo de tratamento realizado. A tireoide, localizada no pescoço, é responsável pela produção de hormônios essenciais para o funcionamento do corpo. Quando há a presença de nódulos, diferentes abordagens de tratamento podem ser indicadas.
Em muitos casos, os nódulos da tireoide são tratados com procedimentos cirúrgicos ou com medicações, e não há nenhuma restrição quanto à proximidade com outras pessoas após esses tratamentos. Nestes cenários, o risco de contágio ou transmissão de alguma condição é inexistente.
No entanto, um método específico de tratamento, a terapia com iodo radioativo (RAI), requer precauções. Após a administração do RAI, o paciente pode liberar radiação por um período, tornando-se uma fonte potencial de exposição para outros. Por isso, é recomendado manter distância de crianças e mulheres grávidas por um tempo especificado pelo médico. As diretrizes geralmente indicam um período de isolamento, variando de alguns dias a algumas semanas, dependendo da dose administrada.
Portanto, a necessidade de distanciamento de outras pessoas após o tratamento de nódulos na tireoide está vinculada principalmente ao uso do iodo radioativo. Em todos os outros tratamentos convencionais, não há preocupações específicas em relação à proximidade com terceiros.
Como é realizado o tratamento de câncer na tireoide?
O tratamento do câncer de tireoide é determinado pela extensão da doença, tipo histológico e idade do paciente, entre outros fatores. A abordagem terapêutica pode variar, mas frequentemente envolve uma combinação de procedimentos médicos e cirúrgicos.
A cirurgia é comumente a primeira linha de tratamento para a maioria dos cânceres de tireoide. A tireoidectomia, que é a remoção total ou parcial da glândula tireoide, é realizada para extirpar o tumor e, em alguns casos, os gânglios linfáticos adjacentes também podem ser removidos se houver suspeita ou evidência de metástase.
Além da cirurgia, a terapia com iodo radioativo (RAI) pode ser indicada para destruir qualquer tecido tireoidiano remanescente e possíveis células cancerígenas. Em situações em que o câncer é mais avançado ou não responde ao tratamento convencional, terapias alvo ou medicamentos quimioterápicos podem ser considerados.
Como saber se o câncer na tireoide é maligno ou benigno?
Distinguir entre câncer maligno e benigno da tireoide é vital para determinar o curso adequado de tratamento e prognóstico do paciente.
Um dos métodos mais comuns para avaliar a natureza de um nódulo tireoidiano é através de uma biópsia por agulha fina. Neste procedimento, uma pequena amostra de tecido é retirada do nódulo e examinada microscopicamente. As células são analisadas quanto a anormalidades que possam indicar malignidade. A biópsia é considerada o padrão-ouro para a diferenciação entre lesões benignas e malignas.
Outros indicativos podem surgir durante exames de imagem, como o ultrassom. Nódulos com bordas irregulares, microcalcificações ou fluxo sanguíneo anormal podem ser sugestivos de malignidade. No entanto, enquanto estes sinais podem aumentar a suspeita de câncer, a confirmação final geralmente é obtida através da análise histológica da biópsia.