Quando o hormônio da tireoide está baixo, ocorre uma condição conhecida como hipotireoidismo. Nesse estado, a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, como a tiroxina (T4) e a triiodotironina (T3), que são essenciais para regular o metabolismo do corpo. A deficiência desses hormônios leva a um metabolismo mais lento, causando sintomas como fadiga, ganho de peso e intolerância ao frio.
O hipotireoidismo afeta o sistema cardiovascular, reduzindo a frequência cardíaca e a força das contrações do coração. Isso pode resultar em um aumento do colesterol LDL, conhecido como "colesterol ruim", o que eleva o risco de doenças cardíacas. Além disso, a circulação sanguínea pode ser comprometida, levando à sensação de extremidades frias.
A falta de hormônios tireoidianos também impacta o sistema nervoso central, resultando em dificuldades de concentração, depressão e memória prejudicada. A deficiência de T3 e T4 interfere na transmissão de sinais nervosos, o que pode causar lentidão mental e diminuição do reflexo. Esses efeitos são agravados com o tempo se o hipotireoidismo não for tratado adequadamente.
No sistema digestivo, o hipotireoidismo pode causar constipação devido à redução do movimento peristáltico dos intestinos. Além disso, pode haver um aumento da retenção de líquidos, levando ao inchaço, principalmente no rosto e nas extremidades. A identificação precoce e o tratamento adequado com reposição hormonal são essenciais para evitar complicações graves associadas ao hipotireoidismo.
Para normalizar a tireoide baixa, o tratamento mais comum é a reposição hormonal com levotiroxina, um hormônio sintético que substitui a tiroxina (T4) que o corpo não está produzindo adequadamente. A dosagem é ajustada pelo médico endocrinologista com base nos níveis de TSH (hormônio estimulante da tireoide) e T4 livre no sangue, garantindo que a função tireoidiana seja restaurada de maneira eficaz.
É fundamental monitorar regularmente os níveis de TSH e T4 para ajustar a dosagem da levotiroxina conforme necessário. Pequenos ajustes podem ser necessários ao longo do tempo para manter a função tireoidiana dentro dos parâmetros normais. O acompanhamento médico contínuo é crucial para evitar tanto o hipotireoidismo persistente quanto o hipertireoidismo induzido por excesso de medicação.
Além da medicação, é importante manter uma dieta equilibrada que inclua nutrientes essenciais para a função tireoidiana, como iodo, selênio e zinco. No entanto, a suplementação de iodo deve ser feita com cautela e apenas sob orientação médica, pois o excesso pode agravar o problema.
Em alguns casos, quando o hipotireoidismo é causado por uma doença autoimune, como a tireoidite de Hashimoto, o tratamento pode incluir abordagens para controlar a inflamação. Isso pode envolver o uso de medicamentos anti-inflamatórios e, em alguns casos, ajustes no estilo de vida para reduzir o estresse, que pode influenciar a função imunológica e tireoidiana.
Para evitar a baixa do hormônio da tireoide, é essencial manter uma ingestão adequada de iodo, já que esse mineral é crucial para a produção dos hormônios tireoidianos. Alimentos ricos em iodo, como peixes, frutos do mar e laticínios, devem fazer parte da dieta regular, mas a suplementação deve ser feita apenas sob orientação médica.
Além da dieta, o controle de doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto, é fundamental. Isso pode incluir o gerenciamento do estresse e a adoção de um estilo de vida saudável, que favoreça a resposta imunológica. O acompanhamento regular com um endocrinologista ajuda a detectar precocemente alterações na função tireoidiana.
Evitar o consumo excessivo de alimentos bociogênicos, como repolho, couve e soja, que podem interferir na função tireoidiana, também é importante. Estes alimentos, quando consumidos em grandes quantidades, podem inibir a absorção de iodo, impactando a produção dos hormônios tireoidianos.
Por fim, manter exames periódicos dos níveis de TSH e T4 é crucial, especialmente para pessoas com histórico familiar de problemas tireoidianos ou outros fatores de risco. A detecção precoce de qualquer alteração permite intervenções rápidas, evitando que os níveis hormonais caiam significativamente.
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